terça-feira, 30 de abril de 2013

Como fazer uma transição na vida profissional

A grande pergunta que muitas pessoas que desejam mudar seus rumos profissionais fazem é: como eu posso investir numa nova carreira ou atividade profissional se eu não tenho como me manter durante o período de transição.  Sim, construir uma nova carreira ou negócio demanda tempo.  Nada acontece da noite para o dia.  No meu caso, eu fui fazendo uma transição lenta e gradual.  Eu trabalhava como assessor de comunicação e marketing.  Minha renda era proveniente dos contratos com meus clientes.  Quando decidi que mudaria minha vida, eu passei a dedicar mais tempo ao meu novo empreendimento, aquilo que me dava prazer.  Mantive meus clientes por um tempo e, conforme meu novo negócio ia gerando renda, eu ia encerrando meus antigos contratos.  Foi uma transição que durou quase cinco anos. Fui tentado inúmeras vezes a aceitar trabalhos pelo dinheiro na minha antiga atividade, mas resisti.  Percebi que a tentação de ter ganhos rápidos iria me tirar o foco e prejudicar a realização do meu verdadeiro sonho.

No livro "Até que enfim é segunda-feira" conto algumas histórias de transformação além da minha.  Uma delas é a de uma moça que vou chamar de Bárbara para preservar sua identidade. Ela morava no interior do Rio Grande do Sul, fez faculdade de nutrição, se formou, fez mestrado e decidiu fazer o doutorado no Rio de Janeiro. Bárbara já percebia que não estava apaixonada pela carreira que tinha escolhido, mas ainda não sabia que outro caminho seguir. Ensinar era a sua paixão desde a infância, mas, na verdade, ela tinha decidido vir para o Rio de Janeiro muito mais motivada por viver na cidade maravilhosa do que, propriamente, pelo estudo.  O doutorado era apenas uma desculpa para a família e para ela própria.

Após um ano, Bárbara decidiu que ia fazer outra coisa da sua vida, estava cansada do jogo de vaidades e do ambiente hostil da universidade. Aquele não era o seu habitat natural. Para auferir renda e se manter, trabalhou em diversas atividades e, em um dos seus empregos, atuou como gerente de uma loja de informática.  Nessa função, ela teve a oportunidade de fazer um treinamento de desenvolvimento pessoal e liderança que mudou sua vida. Ela ficou encantada pelo curso e pelo trabalho do instrutor.  Foi como Bárbara descobriu que queria desenvolver pessoas. Isso era o que ela buscava quando decidiu seguir a carreira acadêmica, mas ela queria fazer isso de uma forma diferente, investiu em sua capacitação e se tornou Coach

Em sua conversa comigo, ela disse que se realiza ao ajudar pessoas a se desenvolver e ser uma ferramenta de transformação na vida dos outros. Em suas lembranças mais prazerosas da infância, ela relata que brincava de aulinha com suas bonecas, usando giz e quadro-negro, seu brinquedo favorito que guarda até hoje na casa dos seus pais, no Sul.

Enquanto fazia sua transição, Bárbara buscou fórmulas para gerar renda e se manter. Ela procurou exercer atividades que não ocupassem seu tempo integral e permitissem que ela continuasse investindo no que realmente desejava.  Ela sabia que ter foco seria fundamental na construção da carreira. Sobre essa questão, tenho mais histórias para contar entre os diversos casos que estudei, acompanhe o blog e compartilhe suas histórias comigo.

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